11/11/1978 – São Paulo 0 x 0 Santos – 0 x 0 Prorrogação – Campeonato Paulista 1978

São Paulo 0 x 0 Santos

Data: 11/11/1978, sábado.
Competição: Campeonato Paulista 1978 – 1º turno – Quartas-de-finais
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 23.543 pessoas (21.920 pagantes e 1.623 menores).
Renda: Cr$ 1.263.380,00
Árbitro: Oscar Scôlfaro.

SÃO PAULO
Valdir Peres; Getúlio, Estevam, Bezerra e Antenor; Chicão, Peres (Teodoro) e Neca (Muricy); Zequinha, Armando e Edu.
Técnico: Rubens Minelli

SANTOS
Vitor; Nelsinho Baptista, Joãozinho, Neto e Gilberto Sorriso; Clodoaldo, Aílton Lira e Pita; Nilton Batata, Claudinho (Célio) e João Paulo.
Técnico: Chico Formiga



O jogo
Partida válida pelas Quartas-de-finais do 1º Turno, quem passasse enfrentaria o vencedor de Ponte Preta x Portuguesa nas Semifinais.

O jogo permaneceu empatado por 0x0 no tempo normal e na prorrogação e deu a vaga ao Santos, que classificou-se para as semifinais por ter feito mais gols pró que o São Paulo na 1ª Fase (27 à 18).

Afinal, quem ganhou esse jogo? São Paulo entra com liminar.
Quando o juiz Oscar Scolfaro terminou a partida ontem à tarde no Morumbi após 120 minutos de 0 a 0, a torcida do Santos festejou ruidosamente o resultado, enquanto os emocionados jogadores santistas se abraçavam em campo. Não restava dúvida: segundo o regulamento, o Santos estava classificado. Do outro lado, os jogadores do São Paulo comemoravam o empate e o diretor José Douglas Dallora gritava: “ A vaga é nossa”.

Afinal, de quem é a vaga? Por enquanto, de ninguém.O Santos leva a vantagem no regulamento, pois marcous mais gols do que o São Paulo, que, por sua vez, está amparado numa liminar da Justiça Comum, na qual fica reconhecida a predominância do critério de pontos ganhos sobre o de gol pró para efeito de classificação. Se não há vencedor, não falta perdedor: o próprio futebol paulista.

Durante a partida, o Santos procurou livrar Alfredo Metedieri, presidente da FPF, desta incômoda situação. Atacou mais, esteve para marcar diversas vezes, mas esbarrou nas defesas de Valdir Peres e foi prejudicado pela imperícia dos seus atacantes nas conclusões.

A arma do São Paulo
Minelli fez segredo da escalação de Chicão às vésperas da partida. Ontem, Chicão mostrou que não tinha qualquer problema físico, pois logo no início da partida fez falta violenta em Clodoaldo, causando um corte na perna do armador do Santos. Porém, na violência, quem acabou perdendo foi o time de Chicão: Nelson tirou Peres de campo aos 14 minutos, com um chute no supercílio, mas o árbitro não tomou qualquer atitude.

O São Paulo começou melhor, explorando as falhas da zaga do Santos, onde Joãozinho, após 40 dias de inatividade, era envolvido com facilidade por Armando, enquanto Edu e Zequinha ganhavam as disputas contra Nelson e Gilberto. A manobra tática mais importante do primeiro tempo foi do técnico Formiga determinando que seu meio-campo marcasse Neca, que fazia a ligação com o ataque. Anulado o meio-de-campo do São Paulo, onde Teodoro não conseguia substituir bem Peres, o Santos passou ao ataque e desperdiçou várias oportunidades, sobretudo em faltas mal cobradas por Ailton Lira, uma das esperanças santistas.

Novamente Valdir
Uma seqüência de lances perigosos, aos 3, 4 e 7 minutos, mostrou ao Santos o caminho do gol do São Paulo no 2º tempo: o lado esquerdo de seu ataque onde o lateral Antenor se destacava como o pior são paulino em campo. Três vezes o lateral Gilberto concluiu mal jogadas criadas por João Paulo.

Com a superioridade tática adversária, Minelli tentou desesperadamente virar o jogo a seu favor. Tirou Neca e colocou Muricy, que passou a sofrer a mesma marcação do meio-campo do Santos, onde Clodoaldo fazia uma excelente partida. Além do mais, o São Paulo já não tinha fôlego para acompanhar os jovens atacantes do Santos, comandados por João Paulo e atrapalhados por Claudinho, que não foi um bom substituto de Juary.

Aos 30, João Paulo passou para Nilton Batata que chutou na trave, enquanto Ailton Lira batia mal faltas perigosas aos 33,40 e 44 minutos.

A prorrogação não foi diferente do tempo normal de jogo. O Santos continuou pressionando, chutou outra bola na trave aos 10’, através de Pita, enquanto o São Paulo perdeu uma boa chance aos 14’ do 1º tempo da prorrogação. No 2º tempo os dois times ainda alternaram alguns lances de perigo, mas ao final ficaram fazendo cera, satisfeitos com o 0 a 0.


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