24/05/1997 – Corinthians 4 x 3 Santos – Campeonato Paulista

Corinthians 4 x 3 Santos

Data: 24/05/1997, sábado
Competição: Campeonato Paulista – Quadrangular Decisivo – 1ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público: 30.159 pagantes
Renda: R$ 341.412,00
Árbitro: Julio Matto (URU)
Cartões amarelos: Silvinho, Gilmar, Marcelinho, Célio Silva e Fernando Diniz (C); Ronaldão, Muller e Careca (S).
Cartão vermelho: Marcelinho (C)
Gols: Marcelinho (10-1), Macedo (14-1), Mirandinha (20-1) e Ronaldo Marconato (39-1); Souza (03-2), Gilmar (28-2) e Muller (40-2).

CORINTHIANS
Ronaldo; Fábio Augusto, Célio Silva, Antônio Carlos e André Santos (Romeu); Silvinho, Gilmar, Marcelinho e Souza; Donizete (Fernando Diniz) e Mirandinha.
Técnico: Nelsinho Batista

SANTOS
Zetti; Ânderson Lima, Ronaldo Marconato (Cássio), Narciso e Ronaldão; Marcos Assunção, Élder, Caíco (Alexandre) e Muller; Macedo e Alessandro (Careca).
Técnico: Wanderley Luxemburgo



Nelsinho reivindica vitória pelo talento

Em detrimento às falhas da defesa do Santos, o técnico do Corinthians, Nelsinho Batista, considerou o talento individual dos jogadores da sua equipe fundamental para a vitória por 4 a 3 sobre o time de Wanderley Luxemburgo, sábado à noite, na abertura do quadrangular final do Paulista-97.

“Os jogadores mostraram talento, criaram as oportunidades e aproveitaram”, afirmou. Dois dos quatro gols corintianos reforçam a tese de Nelsinho.

No primeiro, quando Marcelinho recebeu a bola, driblou Élder e marcou de perna esquerda. E no terceiro, marcado por Souza, ao passar por Ronaldão e tocar no canto direito de Zetti.

Entretanto, nos dois outros gols que completaram o placar, o Corinthians contou com a “ajuda” da defesa santista.

No segundo gol corintiano, o zagueiro Narciso escorregou ao tentar cortar um cruzamento de Marcelinho. A bola sobrou livre na área para Mirandinha completar. E no quarto gol, quando Romeu roubou a bola de Marcos Assunção no meio-campo, caminhou até a intermediária cercado por marcadores e tocou para Gilmar, que, livre, invadiu a área e tocou entre as pernas de Zetti.

“Os gols saíram mais por mérito dos nossos jogadores do que por erros dos santistas”, contornou. Segundo o treinador corintiano, o Santos, que marcava com todos os seus jogadores da linha de meio-campo para trás, era quem pretendia usar a tática de aproveitar os erros do adversário.

“Eles tentavam aproveitar alguma falha nossa para partirem no contra-ataque. Mas quando começamos a trabalhar melhor a bola, anulamos esse recurso”, afirmou.

Nos minutos em que foi mais pressionado pelo Santos, entre os 18min do segundo tempo, quando Marcelinho foi expulso, e os 28min, quando Gilmar marcou 4 a 2, Nelsinho destaca a garra dos jogadores como decisiva. “Quando faltou um jogador, nós superamos com raça.”

Técnico utiliza ‘walkie-talkie’

Expulso de campo após reclamar com o árbitro uruguaio Julio Matto do cartão amarelo mostrado para Muller -que pensou ser o terceiro-, o técnico do Santos, Wanderley Luxemburgo, comandou seu time das numeradas.

Cercado de seguranças, Luxemburgo sentou-se entre dois pilares, ao lado do supervisor Marco Aurélio Cunha, e passava instruções ao banco de reservas por um walkie-talkie, escondido sob o terno.

Luxemburgo cochichava, destoando de dezenas de “técnicos-torcedores” que tentavam acertar o Corinthians aos gritos.

Ficou estático ao ver o volante Romeu roubar a bola no meio-campo e deixar Gilmar livre para fazer o quarto gol adversário.

Após o gol, Luxemburgo bateu três vezes o pé no banco à sua frente e disse um inaudível palavrão. Calmo, fingiu não ouvir as provocações de um corintiano com uma touca de lã branca e preta que gesticulava e gritava “eliminado”. Outros passaram a gritar “timinho”, contar de 1 a 13 e a cantar “Parabéns para você” -em alusão ao tempo que o Santos não vence o Campeonato Paulista.
Não comemorou o gol santista. Mandou o time jogar na esquerda.

Só aos 44min olhou o relógio que usava no braço direito. Dois minutos depois, foi para o vestiário, antes do final da partida.

No caminho, um torcedor com um chapéu escrito “Timão” perguntou sorrindo: “O que aconteceu com o Luxemburgo que ele já está indo embora?”

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