25/11/2015 – Santos 1 x 0 Palmeiras – Copa do Brasil

Santos 1 x 0 Palmeiras

Data: 25/11/2015, quarta-feira, 22h00.
Competição: Copa do Brasil – Final – Jogo de ida
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 14.116 pagantes
Renda: R$ 1.631.560,00
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP) substituído por Marcelo Aparecido de Souza (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos de SP).
Cartões amarelos: Renato, Ricardo Oliveira, Gabriel e Victor Ferraz (S); Fernando Prass, Matheus Sales, Barrios, Arouca, Lucas e Dudu (P).
Cartão vermelho: Lucas (P)
Gol: Gabriel (33-2).

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Thiago Maia (Nilson), Renato e Lucas Lima; Marquinhos Gabriel (Geuvânio), Gabriel (Neto Berola) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior

PALMEIRAS
Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales (Amaral) e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Kelvin); Barrios (Rafael Marques).
Técnico: Marcelo Oliveira



Gabigol marca após perder pênalti e Santos sai na frente do Palmeiras

Santistas ficam a um empate do título

O Santos iniciou a briga pelo título da Copa do Brasil de maneira bem-sucedida na noite desta quarta-feira. Gabigol desperdiçou uma cobrança de pênalti na Vila Belmiro, mas se redimiu ao marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras. Assim, o time alvinegro depende de um empate para conquistar o título.

O segundo confronto está marcado para as 22 horas (de Brasília) da próxima quarta-feira, no Estádio Palestra Itália, com ingressos já esgotados. Diferentemente do restante da Copa do Brasil, na decisão os gols anotados como visitante não têm peso diferenciado.

A exemplo da final do Campeonato Paulista, em que Dudu perdeu pênalti no Palestra Itália, Gabigol falhou na Vila Belmiro. O Santos dominou o jogo sem correr maiores riscos, mas conseguiu marcar o gol da vitória apenas a 12 minutos do fim do tempo regulamentar, com a redenção de seu camisa 10.

O duelo realizado na noite desta quarta-feira foi o sexto entre os clubes na temporada. Até o momento, o Santos, campeão paulista sobre o rival, venceu quatro jogos, todos na Vila Belmiro, e o Palmeiras levou a melhor duas vezes, ambas no Palestra Itália.

A decisão reúne os dois maiores ganhadores de títulos nacionais. O Palmeiras detém 11 taças do gênero, entre elas a Copa do Brasil (1998 e 2012). Já o Santos ostenta nove conquistas, inclusive a Copa do Brasil (2010), com Dorival Júnior no comando. Marcelo Oliveira, por sua vez, amarga três vices do torneio.

O jogo

A primeira partida da final da Copa do Brasil teve um começo eletrizante na Vila Belmiro. Logo aos dois minutos, o Palmeiras teve falta do lado esquerdo e Robinho levantou na área. O goleiro Vanderlei deu rebote e o zagueiro Jackson, de cabeça, perdeu boa chance de abrir o placar.

Pouco depois, Lucas Lima quase marcou gol olímpico. Após nova cobrança de escanteio santista, aos quatro minutos, Arouca puxou a camisa de Ricardo Oliveira e o árbitro Luiz Flavio de Oliveira deu o pênalti. Na cobrança, Gabigol acertou a trave esquerda de Fernando Prass.

Espremida em seu setor, a torcida palmeirense comemorou a cobrança ineficiente de Gabigol como se fosse um gol. Aos 12 minutos, porém, os visitantes ficaram preocupados. Gabriel Jesus sofreu falta banal no campo de defesa, sentiu lesão no ombro e precisou ser substituído por Kelvin.

A despeito do pênalti perdido por Gabigol no começo da partida, o Santos manteve o domínio das ações com facilidade. O Palmeiras, como de costume, incapaz de articular boas jogadas a partir do meio de campo, apostou em lançamentos e chutões, sem sucesso.

O meia Lucas Lima foi participativo, mas o Santos não conseguiu movimentar o placar durante o primeiro tempo. Na última oportunidade do time da casa, Victor Ferraz fez boa jogada pela direita e cruzou para finalização de Ricardo Oliveira. Fernando Prass, milagrosamente, evitou o gol duas vezes.

Matheus Sales, advertido com o cartão amarelo na etapa inicial, acabou substituído por Amaral no intervalo, o que não foi suficiente para impedir uma nova chance do Santos logo aos dois minutos. Gabigol recebeu de Lucas Lima e chutou para mais uma defesa de Prass.

O Palmeiras procurou responder rápido e Dudu lançou Barrios dentro da área. O centroavante, tocado por trás pelo zagueiro David Braz, caiu e pediu pênalti, mas não foi atendido por Luiz Flavio de Oliveira. Aos 22 minutos, o árbitro solicitou a própria substituição e Marcelo Aparecido de Souza assumiu o apito.

Sem criatividade, o Palmeiras jogava para empatar. Aos 33 minutos, o Santos finalmente foi premiado por sua imposição e impetuosidade. Gabigol recebeu de Ricardo Oliveira na ponta da área, driblou o volante Amaral e definiu com categoria diante de Fernando Prass.

Aos 42 minutos, o lateral direito Lucas foi expulso por chutar a bola em cima de Lucas Lima, que entrou em campo pendurado por dois amarelos. Na última oportunidade do jogo, já nos acréscimos, Ricardo Oliveira driblou Fernando Prass e a bola sobrou limpa para Nilson, que conseguiu chutar para fora. Assim que o juiz apitou o fim, houve confusão entre os dois times.

Reportagem do Globo Esporte:

Após perder pênalti, Gabriel avisou Dorival que iria decidir a final

Gabriel por pouco não se tornou vilão da grande final da Copa do Brasil entre Santos e Palmeiras. No primeiro duelo entre os rivais, disputado na noite desta quarta-feira, o camisa 10 santista desperdiçou um pênalti ainda no primeiro tempo e perdeu uma grande oportunidade na etapa final, ao ficar cara a cara com Fernando Prass, que acabou evitou o gol. Mesmo assim, o jovem de 19 anos não se abalou e teve cabeça boa para se manter focado para marcar um belo gol e garantir a vitória do Peixe na Vila Belmiro por 1 a 0.

“Não sofri, não. Tenho confiança, todo mundo me apoiou, confio no meu potencial. Acontece, já tive experiência assim, já vi gente passar por isso”, explicou Gabriel, falando sobre a bola que explodiu na trave em sua cobrança de pênalti.

“Bati forte, no canto. Tentei tirar dele, mas a bola acabou pegando na trave. Faz parte. Eu acho que bati bem, mas Deus é maravilhoso comigo, me abençoou com esse gol. Foi um belo jogo”.

Depois da partida, Dorival Júnior comentou como o jogador se comportou no vestiário e revelou que nem precisou falar com seu atacante.

“Eu não tive que falar nada para ele. Não abri a boca. Ele é um cara com personalidade. O jogador, quando perde um pênalti, um gol, ele sabe muito bem. Ficar falando mais vai causar um certo desequilíbrio. E ele falou: ‘professor, vou decidir esse jogo’”, afirmou o técnico, explicando que o jogador segue como batedor mesmo após a falha.

“Desde que o Ricardo (Oliveira) perdeu pênaltis em seguida, o Gabriel assumiu, foi feliz nas últimas cobranças. Ele bateu muito bem. O Fernando foi para o lado da bola, infelizmente ela tocou na trave, mas ela foi com força, no canto. A trave que interferiu diretamente”, opinou Dorival.

Agora, com a vantagem de jogar pelo empate no Allianz Parque, Gabriel avisa que o Peixe não vai se apegar ao regulamento e promete um time ofensivo mesmo na casa palmeirense, na próxima quarta-feira.

“A gente criou, como pode criar lá e fazer gols. A imprensa quer falar que a gente é favorito, que vai fazer três, quatro (gols). É um jogo muito difícil. Quarta é fazer um grande jogo lá. A gente pode jogar para ganhar como ganhou aqui”, finalizou o artilheiro isolado da Copa do Brasil, agora com 8 gols.

Lucas Lima reclama de cera, mas santistas valorizam vitória magra

Fernando Prass foi o grande nome da primeira final a Copa do Brasil. O goleiro palmeirense não conseguiu evitar a derrota, mas manteve seu time vivo na briga pelo título. Após o jogo da noite desta quarta, na Vila Belmiro, os jogadores do Peixe evitaram reclamar, mas admitiram que poderiam ter construído uma vantagem maior do que o 1 a 0 que ficou no placar depois dos primeiros 90 minutos.

“Pelas oportunidades que a gente teve, poderia sair com placar melhor. Infelizmente não aconteceu, mas levamos uma vantagem lá para a Arena. Claro que não vamos jogar só com a vantagem, vamos lá pra ganhar”, comentou o zagueiro David Braz, que teve pouco trabalho, já que o Verdão sequer finalizou uma bola a gol em todo o jogo.

Já Lucas Lima saiu de campo com um discurso sincero e de quem se incomodou com a postura de seu rival nesta quarta, sem esconder a frustração por ter vencido ‘apenas’ por um gol de diferença.

“Foi muito pouco, pô. A equipe deles só veio para se defender. Com 1 minuto de jogo eles já estavam enrolando lateral. A gente sabia que seria assim, fizemos o dever de casa, porque não tem nada ganho. Agora é fazer um grande jogo lá”, afirmou o camisa 20, que estava pendurado com dois cartões amarelos, mas conseguiu passar o confronto sem problemas com a arbitragem.

Victor Ferraz, que fez sua primeira partida inteira depois de dois meses afastado por causa de uma lombalgia, valorizou a vitória conquistada depois de um jogo muito brigado, com diversos lances ríspidos, discussões e uma expulsão (Lucas, do Palmeiras).

“Não tem essa de atropelar. É um jogo de paciência. É Santos e Palmeiras, final e Copa do Brasil, clássico. É jogo nervoso mesmo. A gente já conhece eles, eles nos conhecem, nosso grupo está de parabéns, nossa torcida também. Agora é fazer um grande jogo lá e levantar a taça”, bradou o lateral santista.

Dorival esbraveja e acusa arbitragem de amarrar o jogo: “um absurdo”

Se de um lado os palmeirenses deixaram o gramado da Vila Belmiro revoltados com a não marcação de um pênalti em Lucas Barrios no segundo tempo, no lado santista o descontentamento com a arbitragem de Luiz Flávio de Oliveira, que acabou substituído por Marcelo Aparecido devido a uma lesão, também foi grande. O técnico Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva bastante irritado com a atuação dos homens do apito depois da vitória do Peixe por 1 a 0 em cima do Verdão, na primeira decisão da Copa do Brasil.

“(O jogo) foi amarrado, truncado. Não deixaram correr. Tivemos 40% de bola rolando no primeiro tempo. Um absurdo. E foi o que aconteceu. Infelizmente é assim, não tem jeito. Evitam algumas atitudes, deixam correr a coisa. Não foi uma má arbitragem, não influenciou no resultado, mas é muito pouco de bola rolando para um jogo. Isso é um absurdo”, esbravejou o treinador.

Além da reclamação pela forma como os árbitros conduziram o clássico, na opinião do técnico, contribuindo para o descontrole emocional dos atletas em campo, Dorival também ficou se mostrou muito irritado com uma jogada em que o zagueiro alviverde Jackson teria desferido uma cotovelada em Ricardo Oliveira.

“Os dois árbitros estavam bem atrás da linha da bola. Impossível que não tenham visto. Gosto muito do Marcelo (Aparecido, que estava como quarto árbitro ainda), muito competente, muito sério, mas a jogada foi muito nítida. Houve um favorecimento do Palmeiras, era jogada para desclassificação do Jackson”, afirmou o comandante alvinegro.

Análise
Falando sobre o jogo, Dorival Júnior viu um confronto de poupa técnica, mas elogiou a postura do seu time dentro das circunstâncias.

“Uma disputa muito grande, perde e ganha, jogo truncado, amarrado, mas fizemos uma grande partida, uma vantagem importante para uma partida de 180 minutos”, comentou, antes de explicar a entrada de Nilson já nos minutos finais. “É lógico, você está buscando. O Palmeiras perdeu um homem, tentei de todas as formas, até o último momento. Tivemos a chance do segundo gol, ele não foi feliz na conclusão, uma pena”, completou, lembrando do lance inacreditável desperdiçado pelo centroavante, que antecedeu o apito final.

Quando questionado sobre se o jogo poderia tomar outro rumo, caso Gabriel convertesse o pênalti logo aos cinco minutos do primeiro tempo, Dorival Júnior refutou analisar uma situação que não se concretizou.

“Muito difícil analisar em cima de hipótese, mas acho que dificilmente o Palmeiras mudaria o jeito de atuar, assim como o Santos não mudaria se tivesse feito o gol. É circunstancial, é muito difícil, mas não acho que o Palmeiras não teria mudado, porque se prepararam para uma partida como essa”, ponderou.

Placar magro ofusca massacre do Peixe nas estatísticas da 1ª final

Os primeiros 90 minutos da decisão da Copa do Brasil já se foram. Em partida marcada por lances fortes, discussões e poucas jogadas vistosas em uma partida de futebol, o Santos abriu vantagem ao decretar o placar de 1 a 0 na Vila Belmiro. O resultado, porém, não diz muito o que foi o clássico da noite desta quarta. O time de Dorival Júnior ditou o ritmo do jogo o tempo inteiro, criou chances claras de gol e fez de Fernando Prass, goleiro palmeirense, o jogador com atuação mais destacada no confronto.

Para começar, o Peixe teve o controle das ações por ter obtido a posse da bola em 57% do tempo. Já o alviverde da Capital mais uma vez abusou dos ‘chutões’. Aliás, neste quesito a equipe de Marcelo Oliveira foi superior, e com sobras. Foram expressivos 55 lançamentos durante o jogo, sendo que 39 não terminaram nos pés dos jogadores palmeirenses ou deram sequência nas jogadas. Neste ponto, o Santos tentou menos, mas também errou a maioria. Foram apenas seis lançamentos certos e 22 equivocados.

Mas, o ponto que o torcedor santista deve estar se lamentando até agora é o fundamento de finalização. O time de Dorival Júnior concluiu em gol 17 vezes. Dez acertaram o alvo para apenas um gol marcado. Três destes lances são os mais emblemáticos da final: a cobrança de pênalti de Gabriel, que explodiu na trave; a defesa de Fernando Prass com os pés, após o mesmo Gabriel ficar livre, cara a cara com o goleiro; e a conclusão para fora de Nilson, já aos 50 minutos do segundo tempo, sem goleiro, de dentro da pequena área. Por outro lado, o Palmeiras conseguiu a proeza de chutar apenas cinco bolas a gol e errar o alvo em todas as tentativas.

A troca de passes também foi um ponto alto do Santos frente ao seu rival nesta decisão de Copa do Brasil. O alvinegro praiano acertou 297 vezes e errou 29, enquanto o Verdão conseguiu tocar a bola sem problemas apenas 185 vezes. Foram 33 passes errados dos jogadores palmeirenses.

Na questão da disciplina e dos escanteios, o Peixe também saiu ‘vencedor’. Foram nove corners contra três em seu campo de defesa. E apenas quatro cartões amarelos contra sete do Palmeiras, além de um cartão vermelho mostrado para o lateral Lucas, que está fora da segunda final, na próxima quarta-feira, no Allianz Parque.

Apesar disso, os santistas foram mais faltosos, com 29 interceptações ilegais, no critério da arbitragem, contra 17 do Palmeiras, que ainda realizou 16 desarmes corretos. Os jogadores do Peixe conseguiram 11 desarmes bem sucedidos.

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