22/05/2016 – Santos 2 x 1 Coritiba – Campeonato Brasileiro

Santos 2 x 1 Coritiba

Data: 22/05/2016, domingo, 11h00.
Competição: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 7.472 pagantes
Renda: R$ 212.190,00
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Pablo Almeida da Costa e Celso Luiz da Silva (ambos de MG).
Cartões amarelos: Victor Ferraz, Zeca, Vitor Bueno e Gustavo Henrique (S); Alan Santos e Kléber Gladiador (C).
Gols: Kléber Gladiador (19-1); Vitor Bueno (16-2) e Renato (51-2).

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Renato, Thiago Maia, Vitor Bueno (Matheus Nolasco) e Lucas Lima; Gabriel e Joel (Ronaldo Mendes).
Técnico: Dorival júnior.

CORITIBA
Wilson; Dodô, Rafael Marques, Juninho e Carlinhos; João Paulo, Alan Santos (Ícaro), Ruy (Thiago Lopes) e Cesar González; Leandro e Kleber Gladiador (Guilherme Parede).
Técnico: Gilson Kleina



Renato marca aos 51 e Peixe vira em cima do Coritiba na Vila Belmiro

Ricardo Oliveira não pôde entrar em campo neste domingo e Joel não conseguiu substituir o camisa 9 à altura. E quando a equipe mais precisava de um centroavante, foi Renato, que mesmo puxando a coxa, acabou assumindo a posição. O volante de origem marcou, de cabeça, o gol da primeira vitória do Santos no Campeonato Brasileiro, quando o relógio já marcava 51 minutos da etapa final.

Apesar dos protestos do Coritiba pelos sete minutos de acréscimo, mesmo com a pausa para hidratação dos atletas, a virada por 2 a 1 ainda manteve a invencibilidade de Dorival Júnior no estádio Urbano Caldeira. Agora são 30 jogos, 10 meses e 17 dias sem saber o que é perder como mandante.

Apesar dos primeiros três pontos, o Alvinegro Praiano se mostrou sonolento desde o início do confronto, talvez pelo horário das 11 horas. Lucas Lima, que aparentemente estava recuperado de sua lesão no tornozelo direito, mostrou muita limitação nos movimentos e acabou sacado ainda no intervalo, quando o Coxa já vencia graças a gol de Kléber Gladiador, após passe de Leandro, ex-Santos. O duelo deste domingo pode ter sido a última vez do meia com a camisa santista.

Assim como Gabriel, outro que decepcionou nesta 2ª rodada, o camisa 20 se apresenta nesta segunda à Seleção Brasileira para a disputa da Copa América e pode ser negociado com o exterior neste período. A dupla corre o risco de perder até nove rodadas do Brasileirão, caso o Brasil vá à final.

Neste cenário, o gol de empate só poderia sair em um lance inusitado. Quando menos se esperava, aos 19 da etapa final, Vitor Bueno cobrou falta de longa distância e o goleiro Wilson aceitou.

O jogo

Como de costume, já na movimentação da torcida no entorno da Vila Belmiro era possível perceber o alto número de famílias e crianças. Típico de uma partida na manhã do domingo. Mas, diferente de outras oportunidades, o alçapão não encheu para ver um Santos um tanto quanto sonolento.

Lucas Lima teve seu nome gritado pela torcida pouco antes do apito inicial, mas, alguns minutos depois, ouviu protestos. O meia ainda parecia incomodado com sua lesão no tornozelo direito e se movimentava pouco, apesar de alguns bons passes.

O Coritiba, por sua vez, se postou como manda o figurino de um visitante. Sempre com seus dez jogadores de linha na marcação atrás do meio de campo e explorando os contra-ataques. E, desta forma, a equipe de Gilson Kleina anulou o Peixe de Dorival e causou calafrios nos santistas em suas investidas.

Logo na primeira oportunidade, aos 19 minutos, Dodô enfiou linda bola para Leandro, ex-Santos, entrar na área pela direita do ataque. O jogador cruzou rasteiro e Kléber Gladiador só empurrou para as redes. 1 a 0 Coxa.

Cinco minutos depois, a jogada se repetiu nas costas de Zeca, que sofria sem cobertura, por pouco os paranaenses não ampliaram em plena Vila Belmiro. As duas jogadas ao menos serviram para acordar do Santos.

Aos 25, Lucas Lima deixou Joel na cara do gol. O camaronês acertou a trave e Gabriel mandou para o gol, mas nada valia em função da posição irregular do substituto de Ricardo Oliveira.

E quando se esperava uma pressão alvinegra, a zaga voltou a falhar. González recebeu por cima de David Braz e Gustavo Henrique e serviu Leandro. O atacante percebeu a saída desesperada de Vanderlei e só tocou por cobertura. A bola bateu no travessão e saiu pela linha de fundo. Silêncio nas arquibancadas, ainda assustadas.

O Santos não conseguia empolgar, errava muitos passes e mostrava uma lentidão incomum. Chegou a marcar com Joel, mas novamente o camaronês estava impedido. E o prejuízo só não foi maior na primeira etapa porque Alan Santos, cria da base do santista, desperdiçou chance clara de gol, aos 41.

Virada dramática
O retorno dos times ao segundo tempo cumpriu o que se imaginava, com Paulinho na vaga de Lucas Lima. O camisa 20 agora se apresenta à Seleção Brasileira sem saber se voltará a vestir a camisa do Peixe e com a certeza de que precisa se recuperar totalmente de sua lesão para ser útil na Copa América.

O Coritiba, no entanto, parecia à vontade no duelo e tocava a bola com tranquilidade. O Santos não conseguia pressionar, mas, apesar de não fazer por merecer, os donos da casa chegaram ao empate.

O relógio marcava 19 quando Vitor Bueno cobrou falta de longa distância e viu o goleiro Wilson tocar na bola, mas, sem força para impedir o gol. Falha fatal e tudo igual na Vila.

Dorival então sacou Joel, que voltou ao time sem brilho depois de passar os últimos dias com caxumba, e colou em campo o talismã Ronaldo Mendes. Era o Santos em busca da virada e da primeira vitória na competição.

O Coxa já não assustava mais nas escapadas, como na etapa anterior, e o Santos, mesmo em uma manhã não muito inspirada, tentava o gol na marra. Aos 28, Zeca quase o fez um lindo voleio, que quase sobrou para Thiago Maia completar.

Após isso, o jovem Matheus Nolasco foi para campo na vaga de Vitor Bueno, que apesar do gol não fez uma apresentação satisfatória. A esta altura, o Santos tinha dez minutos para alcançar os três pontos diante de seu torcedor.

E o torcedor teve de sofrer até o último segundo. Renato, sentindo a coxa, mas sem poder sair por causa do limite de substituições, apareceu dentro da área, como centroavante, e de cabeça marcou o gol da virada aos 51 minutos.

Apesar de toda a reclamação dos jogadores do Coritiba pelos sete minutos de acréscimo (houve parada técnica), não houve tempo para mais nada. Fim de jogo e vitória do Peixe.

Santos TV – Bastidores:

Herói do jogo, Renato diz que estava com três câimbras no momento do gol

Renato não fez uma grande partida neste domingo, assim como toda a equipe santista. Porém, o dia estava reservado para o volante na partida contra o Coritiba, válida pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Antes do apito inicial, o camisa 8 ganhou um placa da diretoria pelos seus 37 anos, festejados dia 15, e mais de 300 jogos com a camisa alvinegra. Mas, foi no último minuto do jogo que Renato fechou com chave de ouro ao garantir a vitória de virada por 2 a 1 do Peixe, mesmo sem as condições ideais para estar em campo.

“Tive cãibra no posterior, na panturrilha, deu até no adutor esquerdo. Fiquei porque não tinha como sair. Fui no sacrifício e consegui fazer o gol”, revelou o jogador, lembrando que Dorival Júnior já tinha sacado Lucas Lima, Joel e Vitor Bueno.” O Victor fez uma jogada espetacular, o Dodô ficou sem condições de ir na bola, e eu fui feliz no cabeceio”, detalhou o lance de sua consagração.

Apesar da alegria pelo raro gol, Renato não deixou de apontar sua preocupação com o futebol apresentado pelo Santos nestas duas primeiras rodadas e às vésperas de perder suas principais estrelas para a Seleção Brasileira. “Tem que ter superação, o elenco sabe da responsabilidade. Os jogadores vão ter oportunidade e a gente espera que eles mantenham o nível”, avisou.

Mas, o calor também foi justificativa para o jogador tentar explicar o jogo sonolento e de muitos erros do Peixe frente ao Coxa. A partida ás 11 horas desde domingo foi disputada sob um calor 27º na Baixada.

“Quando está muito calor como hoje, acaba prejudicando os dois lados, o jogo acaba ficando lento, às vezes cansamos mais rápido. Se está nublado, um calor ameno, é bom. No Sul é até bom, mas pega, por exemplo, em Recife ou aqui em Santos, com sol. Deixa todo mundo cansado. É um horário bom, pois trás a família para o estádio, mas, para nós, acaba prejudicando”, explicou, sem esconder a sensação de alívio.

Apesar de vitória, Dorival reprova atuação e cobra resposta da equipe

A vitória do Santos por 2 a 1 em cima do Coritiba deu ao time da Baixada os primeiros três pontos no Campeonato Brasileiro, mas, não aliviaram as críticas do técnico Dorival Júnior. Em sua análise do confronto, o treinador não escondeu sua insatisfação com a atuação de seus comandados e admitiu que o gol aos 51 minutos do segundo tempo, marcado por Renato, teve méritos apenas pelo espírito de luta do time.

“Não foi só o primeiro tempo. A partida toda foi abaixo. O Santos esteve bem abaixo, em termos de uma postura geral. Tanto defensiva quanto ofensivamente. Ganhamos o jogo na base da superação, da vontade, da garra. Fica difícil uma análise um pouco mais direta”, avaliou o comandante, claramente irritado com o futebol do Santos na Vila Belmiro.

“Não podíamos jogar como estávamos, por dentro, porque estava muito congestionado. Fizemos ao contrário. Começamos a entrar com jogadores de fora em momentos errados. Fizemos o jogo que o Coritiba gostaria, a partir do gol inicial da partida. Tínhamos de tentar jogar pelo lado. Isso estava comprometendo nossa transição”, explicou.

Nem mesmo o fato do Peixe ter mantido sua invencibilidade jogando em casa acalmou Dorival. Uma derrota neste domingo colocaria fim a série de pouco mais de 10 meses sem sofrer um revés na Vila e seria a primeira desde que o atual técnico retornou ao clube, em julho do ano passado.

“Foi um resultado alcançado, mas ninguém está satisfeito com esse resultado e temos consciência disso. A Vila é importante a partir do momento que você envolve o adversário e jogue bem. Não foi isso que aconteceu hoje. Não adianta termos a Vila a nosso favor, se não tivermos uma equipe taticamente preparada e tecnicamente presente para que as coisas aconteçam”, ponderou, já preocupado em não repetir o péssimo primeiro turno do Brasileirão de 2015.

“É um fator que temos de pensar, analisarmos bem e voltarmos para nossas origens. Até porque não podemos ter um início de competição que tivemos ano passado e comprometeu”, concluiu Dorival, que agora terá a missão de preparar o Santos para o duelo contra o Figueirense, fora de casa, na quarta-feira.

Vitor Bueno revela dica de Arzul no gol e David Braz reclama do calor

Os jogadores do Santos deram declarações distintas na saída do campo da Vila Belmiro depois da primeira vitória da equipe no Campeonato Brasileiro. Os três pontos só chegaram depois de uma virada dramática em cima do Coritiba, por 2 a 1, com gol no último lance do confronto. Antes, Vitor Bueno arrancou o empate em gol de falta graças a uma dica do preparador de goleiros Arzul.

“Eu vi que ele (goleiro Wilson) relou na bola. Essa bola do Brasileiro varia muito. O Arzul, nosso preparador de goleiro, falou para eu bater firme nela, porque ela varia muito de direção”, contou o jovem jogador, minimizando a atuação ruim da equipe neste domingo.

“O mais importante foi a vitória. O grupo está todo de parabéns pela entrega dentro de campo. Sabíamos que não era um jogo fácil, ainda mais pelo horário. Não estamos acostumados a jogar assim, mas, graças a Deus deu tudo certo”, completou.

Enquanto muitos atletas se dirigiam para o vestiário sem dar declarações, David Braz foi à torcida, bateu no peito, agradeceu o apoio, mas não deixou de reclamar do horário das 11 horas.

“Isso que dá jogar esse horário. O desgaste é muito grande. Olha como está o sol. Um jogo complicado, contra um time que veio atrás. Tivemos que trabalhar a bola dos dois lados. Com muita raça e determinação conseguimos a virada”, disse o zagueiro.

Gabriel, que fez sua última partida antes de se apresentar à Seleção Brasileira para a Copa América, não garantiu que volta, mas também não confirmou sua situação.

“É difícil falar isso, mas estou muito feliz no Santos. É um privilégio jogar na Vila, com a torcida ao lado. Estou muito feliz aqui, o Santos é minha casa, mas, afirmar isso (que quer ficar) é muito complicado”, despistou o camisa 10, apagado neste domingo.


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