19/03/2017 – Santos 1 x 2 Palmeiras – Campeonato Paulista

Santos 1 x 2 Palmeiras

Data: 19/03/2017, domingo, 18h30.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª fase – 9ª rodada
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 8.742 pagantes
Renda: R$ 355.840,00
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo.
Cartões amarelos: Felipe Melo e Jean (P).
Gols: Ricardo Oliveira (29-2), Jean (40-2) e Willian (42-2).

SANTOS
Vladimir; Victor Ferraz (Matheus Ribeiro), Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Renato, Thiago Maia (Rodrigão) e Lucas Lima; Vitor Bueno (Hernandez), Bruno Henrique e Ricardo Oliveira.
Técnico: Dorival Júnior

PALMEIRAS
Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Yerry Mina e Zé Roberto (Willian); Felipe Melo; Keno (Roger Guedes), Tchê Tchê, Guerra (Egídio) e Dudu; Borja
Técnico: Eduardo Baptista



Palmeiras vira contra o Santos, quebra tabu e está nas quartas

Com uma virada alcançada nos minutos finais, o Palmeiras se classificou às quartas de final do Campeonato Paulista na noite deste domingo. Em sua primeira vitória na Vila Belmiro desde 2011, o time alviverde ganhou do Santos por 2 a 1, resultado suficiente para avançar à próxima fase de maneira antecipada.

A três rodadas do final da etapa classificatória, o Palmeiras lidera o Grupo C com 21 pontos ganhos (melhor campanha geral) e, na pior das hipóteses, terminará na segunda posição. Já o Santos, com 13 pontos, permanece na terceira colocação do Grupo D, atrás de Ponte Preta e Mirassol.

O Palmeiras não ganhava do Santos jogando na Vila Belmiro desde abril de 2011. Há seis anos, em partida válida pelo Campeonato Paulista, o time alviverde venceu por 1 a 0. Desde então, foram nove triunfos da equipe alvinegra e dois empates, série encerrada neste domingo graças a gols de Jean e Willian e ao inspirado goleiro Fernando Prass.

O jogo

Santos e Palmeiras fizeram um primeiro tempo de alto nível e com várias chances de gol na Vila Belmiro. Na melhor oportunidade da etapa inicial, Bruno Henrique recebeu de Lucas Lima pela esquerda e cruzou. A bola desviou em Mina e sobrou limpa na segunda trave para Vitor Bueno, que conseguiu perder.

Já o Palmeiras criou sua melhor chance durante o primeiro tempo quando Keno trocou de lado com Dudu e atuou pela ponta esquerda. O atacante passou pela marcação de Lucas Veríssimo, invadiu a área e cruzou para Borja finalizar, mas o goleiro Vladimir defendeu.

Em uma série de três ataques consecutivos, o Santos quase abriu o placar. Em uma defesa difícil, Prass cedeu escanteio após chute de Bruno Henrique. Na cobrança, o atacante cabeceou na trave. Pouco depois, Vitor Bueno cruzou da direita e Ricardo Oliveira, de letra, acertou o travessão.

O Palmeiras cresceu durante os minutos finais e obrigou Vladimir a trabalhar duro nos acréscimos, primeiro ao espalmar falta batida por Borja. Na cobrança de escanteio, Mina cabeceou para nova defesa. Para completar a série, o santista fez outra intervenção em chute de Guerra de fora da área.

No intervalo, Egídio entrou no lugar de Guerra e Zé Roberto foi deslocado para o meio. O Santos, aproveitando a fragilidade do novo lateral esquerdo na marcação, pressionou intensamente no começo do segundo tempo. Posicionado dentro da área, Ricardo Oliveira recebeu de Bruno Henrique e chutou para boa defesa de Prass.

Inspirado, o goleiro fez nova intervenção após cruzamento de Zeca pela esquerda e cabeçada de Lucas Veríssimo. Aos 29 minutos, em uma jogada pela direita, vulnerável após a entrada de Egídio, o Santos saiu na frente. Victor Ferraz cruzou e Bruno Henrique cabeceou em cima de Jean. Na sobra, Ricardo Oliveira marcou.

Em desvantagem no placar, o Palmeiras se lançou ao ataque. Aos 40 minutos, Jean recebeu de Roger Guedes pela direita e, mesmo sem ângulo, finalizou. O goleiro Vladimir desviou e a bola acabou nas redes. Dois minutos depois, pelo mesmo lado, Roger Guedes driblou Zeca e cruzou para Willian definir a virada.

Bastidores – Santos TV:

Felipe Melo ironiza “caldeirão” da Vila: “Aqui tem 8 mil só, pô”

Palmeirense mais excitado com a vitória de virada sobre o Santos, por 2 a 1, neste domingo, na Vila Belmiro, Felipe Melo exaltou a qualidade da equipe alviverde em suportar ambientes hostis longe do Palestra Itália. O volante, porém, aproveitou para provocar a torcida do Peixe, minimizando o aspecto “caldeirão” do estádio alvinegro.

“A gente está acostumado a jogar em caldeirão. Nunca vi caldeirão com oito mil pessoas, pô. Caldeirão é no Chiqueiro”, ironizou, referindo-se ao público de 8.742 pagantes na Vila.

Em seguida, contemporizou. “Brincadeiras à parte, foi uma batalha dura. O Santos é um excelente time. Faz parte do futebol. Parabéns ao grupo que lutou bastante. Ganhamos os três pontos”, vibrou.

Após ouvir cânticos hostis vindos das arquibancadas da Vila (‘Não é mole, não, o Felipe Melo afundou a Seleção’), o volante respondeu a provocação levando a mão ao ouvido em um gesto direcionado à torcida do Santos, a única no estádio, cumprindo determinação do Ministério Público. O volante apontou o escudo do Palmeiras e gritou: “Tem que respeitar essa p…”.

A comemoração entusiasmada se justifica pela forma com a qual o Palmeiras construiu a sua vitória. Com Ricardo Oliveira, o Santos abriu o placar aos 29 minutos do segundo tempo. Aos 40, contudo, Jean empatou em chute cruzado. Dois minutos depois, em nova jogada pela direita, Róger Guedes cruzou para Willian virar o confronto.

Com o resultado, o Verdão chegou aos 21 pontos, classificando-se às quartas de final do Campeonato Paulista com três rodadas de antecedência. De quebra, ultrapassou o Corinthians e agora ostenta a melhor campanha do torneio, condição que, se mantida, lhe dará vantagem do mando de campo na fase seguinte.

Dorival cita “noite de Prass” e fala em resultado “mais do que injusto”

Não fosse pela “noite diferenciada” do goleiro Fernando Prass, o Santos não teria sido derrotado de virada por 2 a 1 para o Palmeiras, na noite deste domingo, na Vila Belmiro, segundo Dorival Júnior. Em entrevista coletiva concedida após o clássico, o técnico do Peixe considerou o resultado como “mais do que injusto”.

“As circunstâncias da partida foram favoráveis ao Santos. Jogamos em cima do Palmeiras em todos os instantes. Coincidência ter sido a segunda derrota de virada em clássicos em casa. O volume que tivemos, o número de bolas que chutamos no gol do Fernando. O número de defesas do Fernando. Isso, sim, foi o diferencial”, explicou o treinador.

Dono das principais chances de gol da partida, o Santos parou no goleiro alviverde diversas vezes antes de abrir o placar com Ricardo Oliveira, aos 29 minutos do segundo tempo. No entanto, aos 40, Jean empatou e, aos 42, Willian virou para o Verdão.

“O resultado não tem nem o que falar. Mais do que injusto”, esbravejou. “É difícil explicar por tudo o que produzimos, a posse de bola que tivemos, a paciência, as muitas oportunidades que foram criadas”, disse, antes de tranquilizar a torcida alvinegra.

“No momento que as bolas voltarem a entrar, não tenho dúvidas de que as coisas vão voltar ao natural. É impressionante o que fizemos hoje. Assim como foi no ano passado, nas semifinais do Paulista, o Palmeiras, em três minutos encontrou dois gols pela qualidade individual de seus jogadores, que fizeram a diferença nesse momento”, argumentou.

Dorival, por fim, negou que sua equipe tenha recuado após ter aberto o placar. “Continuamos em cima do Palmeiras. Não vi, em momento nenhum, o Santos recuado. Não vi o Santos esperando o Palmeiras para contra-atacar. O Prass esteve numa noite diferenciada. Essa é a explicação de uma partida como essa”, concluiu.

Com a derrota, o Santos segue fora da zona de classificação às quartas de final do Campeonato Paulista, na terceira posição do Grupo D, com 13 pontos ganhos. Ponte Preta (15) e Mirassol (14) lideram a chave. O Peixe buscará se reabilitar na próxima quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), contra o São Bento, em Sorocaba.

Estatísticas mostram vitória no detalhe do Palmeiras no clássico

Com dois gols nos cinco minutos finais no clássico, o Palmeiras venceu por 2 a 1 o Santos na Vila Belmiro, coisa que não acontecia desde 2011. No campo das estatísticas, as equipes tiveram números parecidos em questões de finalização e criação de jogadas.

Ambas as equipes finalizaram 18 vezes a gol no encontro deste domingo. A pontaria do alvinegro foi levemente melhor que a do rival, tendo acertado 11 chutes no gol de Fernando Prass contra nove arremates corretos do Verdão ao gol de Vladimir. O goleiro do Palmeiras, inclusive, foi um dos grandes responsáveis pela vitória de sua equipe.

Com a bola no pé, o Santos trocou muito mais passes que a equipe palmeirense, mantendo a maior diferença entre os times na maneira de jogar: foram 335 passes corretos (e 36 errados) do Peixe, enquanto o Palmeiras acertou 281 toques (errou 43). Ambas as equipes deram 13 assistências para arremate nos 90 minutos.

Mas mesmo fazendo a bola rolar mais, o time da baixada apostou bastante nos cruzamentos para tentar chegar ao gol. Foram 11 tentativas completas e 21 falhados por parte do Santos. Já o Palmeiras cruzou cinco vezes certas e 18 erradas no encontro. E foi em um cruzamento que os donos da casa abriram o placar com Ricardo Oliveira, já no segundo tempo.

Tendo a posse de bola por mais tempo, os mandantes consequentemente cederam mais jogadas ao adversário. A equipe perdeu 32 bolas durante a partida, contra apenas 18 perdas do time de Eduardo Baptista. Nos desarmes, dez para o Santos e nove para o Palmeiras, sendo que um deles, feito por Jean, resultou no primeiro gol da equipe, convertido pelo próprio volante.

Jogando mais no sistema defensivo, o Palmeiras tentou 37 lançamentos, acertando 14 deles. Os santistas tentaram a ligação direta 26 vezes e erraram o alvo 16 vezes. E para receber as bolas longas, os jogadores do alviverde estiveram em posição de impedimento quatro vezes, o dobro dos adversários.

Dorival não vê falha de Vladimir em 1º gol e garante Santos nas quartas

O técnico Dorival Júnior não viu falha do goleiro Vladimir no primeiro gol que o Santos sofreu na derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, no último domingo, na Vila Belmiro. De acordo com o treinador do Peixe, o arqueiro vem correspondendo desde que o titular Vanderlei lesionou a mão esquerda no início de fevereiro.

No lance, aos 40 minutos do segundo tempo, o lateral direito Jean recebeu de Róger Guedes e bateu cruzado, parecendo que a bola sairia. Vladimir, porém, preferiu cair para tentar fazer a defesa e acabou espalmando para dentro do gol. Aos 42, em jogada também pela direita, Guedes cruzou para Willian virar o duelo para o Palmeiras.

“Foi uma jogada de uma felicidade muito grande. Não sei se houve desvio ali, mas uma jogada difícil de ser cortada pela velocidade, batida cruzada. Isso acontece”, analisou, lembrando das boas defesas que Vladimir fez durante o clássico. “Os dois goleiros fizeram uma grande partida. O Fernando foi responsável por termos feito só um gol”, acrescentou, atribuindo a Prass o triunfo alviverde.

Reiterou ainda a confiança que Vladimir tem do elenco santista. “Sempre que foi preciso entrar, foi efetivo na maioria dos jogos, um jogador que cresceu assustadoramente. Um goleiro que vem nos passando muita tranquilidade e tem feito ótimas partidas”, ressaltou.

Com a derrota, o Santos segue fora da zona de classificação às quartas de final do Campeonato Paulista, na terceira posição do Grupo D, com 13 pontos ganhos, a três rodadas para o fim da primeira fase. No entanto, Dorival garante à torcida que o Peixe irá conquistar uma das vagas da chave. No momento, Ponte Preta, com 15 pontos, e Mirassol, com 14, avançariam no torneio.

“O Santos vai buscar sua classificação e vai encontrar o caminho, podem ter certeza”, assegurou, minimizando as críticas vindas da torcida após a derrota. “Meu trabalho é o que a equipe produziu. O resultado naturalmente não pesa a meu favor, porém o que a equipe está jogando…Esse é o nosso trabalho”, concluiu.

Invicto na Vila no último Paulistão, Santos não repete “alçapão” em 2017

Mesmo buscando o jogo a todo o instante e não tendo uma má atuação, o Santos acabou derrotado pelo Palmeiras de virada no clássico deste domingo. Foi a terceira derrota da equipe em cinco jogos na Vila Belmiro no Campeonato Paulista de 2017, campanha catastrófica em relação a do último ano, quando o seu estádio era sinônimo de invencibilidade.

Até agora na temporada, foram seis jogos no Estádio Urbano Caldeira, cinco pelo estadual e um pela Libertadores. No Paulistão, a equipe perdeu os dois clássicos disputados até então, para São Paulo (3 a 1) e Palmeiras (2 a 1), além de ter sido derrotado pela Ferroviária por 1 a 0.

O saldo de gols da equipe só se manteve positivo até agora pela goleada por 6 a 2 imposta ao Linense na estreia do torneio. O Santos ainda venceu o Botafogo de Ribeirão Preto na Vila por 2 a 0. São dez gols anotados e oito sofridos nos cinco jogos até então.

Em comparação ao retrospecto do alvinegro no Paulista de 2016, quando foi campeão, os números são ainda mais gritantes. Na campanha campeã paulista sobre o Audax, a equipe de Dorival Júnior não perdeu um jogo sequer em seus domínios, tendo oito vitórias e três empates nos 11 jogos disputados.

Foram 22 gols marcados pela equipe no período e os mesmos oito gols sofridos nas cinco rodadas da atual competição. O Peixe terminou a primeira fase na primeira colocação do grupo A, com nove vitórias, cinco empates e apenas uma derrota em todo o torneio. Na fase eliminatória, o time passou por São Bento, Palmeiras e Audax para levantar a taça estadual.

Em 2016, nos mesmos clássicos disputados em casa, o Santos teve resultados diferentes: empate em 1 a 1 com o São Paulo pela 12ª rodada e nova igualdade frente ao Palmeiras por 2 a 2 na disputa da semifinal. Nos pênaltis, a equipe conquistou a classificação para a decisão do Paulistão.

Já contra a mesma Ferroviária, na 13ª rodada da competição, o jogo teve um final muito distinto, uma vez que o Santos saiu de campo com uma goleada por 4 a 1. Na primeira fase, o Peixe ainda enfrentou o Corinthians em seu estádio e saiu vitorioso por 2 a 0.

Fora da zona de classificação para a fase mata-mata, o atual campeão paulista aparece na terceira posição do grupo D, atrás de Ponte Preta e Mirassol, e não depende mais só de si para se classificar. O Santos ainda tem mais uma oportunidade de melhorar seu desempenho na Vila, na última rodada do campeonato, contra o Novorizontino, no dia 29 de março. Antes disso, a equipe tem compromissos com o São Bento e o Santo André fora de casa.

Vila Belmiro é pichada após nova derrota: “Mais raça, menos religião”

O clima até parecia estar bom após a vitória do Santos por 2 a 0 sobre o The Strongest, na última quinta-feira. Porém, a situação voltou a ficar pesada depois do alvinegro ser derrotado pelo Palmeiras, no domingo, e na noite desta segunda-feira, a Vila Belmiro sofreu com pichações.

O principal alvo dos protestos foi o lateral-esquerdo Zeca, que já retrucou parte da torcida após o triunfo sobre o Botafogo-SP. Além disso, os pichadores também cobraram mais raça e foram contra os religiosos da equipe.

“Mais raça e menos religião”, estava escrito em uma das pichações.

As manifestações da torcida do Peixe não são de hoje. Além as pichações desta segunda, alguns santistas já quebraram um vidro dos vestiários da Vila após a derrota para o São Paulo, em fevereiro. Por fim, torcedores organizados já entraram no CT Rei Pelé duas vezes para cobrar a comissão técnica.

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