19/03/2000 – Corinthians 5 x 1 Santos – Campeonato Paulista

Corinthians 5 x 1 Santos

Data: 19/03/2000, domingo, 17h00.
Competição: Campeonato Paulista – 1ª fase – 3ª rodada
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo, SP.
Público e renda: N/D
Árbitros: Alfredo Santos Loebeling e Sálvio Spinola
Cartões amarelos: Adílson, Fábio Luciano e Gilamr (C); Anderson, Rincón, Galván, Dutra e Claudiomiro (S).
Gols: Edílson (09-1); Vampeta (23-2), Marcelinho Carioca (29-2) e Marcelinho Carioca (31-2) e Ricardinho (47-2) e Claudiomiro (48-2).

CORINTHIANS
Dida; Daniel, Adílson (João Carlos), Fábio Luciano e Kléber; Vampeta (Gilmar), Edu, Ricardinho e Marcelinho Carioca (Dinei); Edílson e Luizão.
Técnico: Oswaldo de Oliveira

SANTOS
Carlos Germano; Baiano, Gálvan, Márcio Santos e Dutra; Ânderson (Robert), Claudiomiro, Rincón e Valdo; Valdir (Deivid) e Dodô (Caio).
Técnico: Carlos Alberto Silva



Afinado, Corinthians dá baile no confuso Santos

Time demonstra não sentir ausência de “ex-maestro” Rincón

O improviso santista sucumbiu ontem ao afinado time do Corinthians e acabou levando um “baile” no gramado do Morumbi, sendo goleado por 5 a 1.

Desentrosado e bastante nervoso, o Santos foi facilmente envolvido pelo meio-campo corintiano, comandado pela dupla Marcelinho e Ricardinho.

Rincón, o principal jogador santista e “”ex-maestro” do Corinthians, sentiu a pressão da torcida adversária e acabou se transformando em símbolo da desorganização santista. Ele não conseguiu parar seu principal desafeto, o meia Marcelinho, maior destaque do Corinthians ontem, nem criar as jogadas de ataque de seu time.

O Santos montou seu time atual -recheado de estrelas- praticamente neste ano, mas ainda não conseguiu apresentar-se de forma convincente.
Ontem, sofreu a sua primeira derrota no Campeonato Paulista.

Já o Corinthians, atual campeão estadual, brasileiro e mundial, segue invicto na competição, mostrou que não sentiu falta de Rincón e confirmou o entrosamento de seu time, uma verdadeira “orquestra”.

“Isso (o entendimento) é resultado de um trabalho que vem sendo feito há dois anos, que tem como combustível a alegria de jogar futebol”, disse o meia-atacante Marcelinho, após a partida.

A condição de favorito para vencer o jogo foi rapidamente assumida pelo Corinthians dentro de campo. Logo no início, o time de Marcelinho partiu para cima do Santos, com jogadas perigosas pelas pontas, especialmente nas costas do lateral Dutra.

O primeiro ataque de perigo do Santos aconteceu aos 8min, em uma tabela entre Dodô e Valdir.

A dupla de ataque, no entanto, não se entendia bem sem a bola a nos pés. Os dois discutiram muito no primeiro tempo.

Na sexta-feira, Dodô reclamou da ausência do também atacante Caio no time titular. No segundo tempo, a dupla, que teve um fraco rendimento, acabaria substituída por Caio, no lugar de Dodô, e Deivid, no lugar de Valdir.

Ainda no primeiro tempo, envolvido pela “”afinação” do Corinthians, restava ao Santos apelar para as faltas na tentativa de parar o ataque adversário.

“A forma ofensiva de atuar do Corinthians obriga os adversários, no afã de vencer, a cometer faltas violentas”, afirmou o técnico do Corinthians, Oswaldo de Oliveira.

Com o Santos perdido em campo, o primeiro gol do Corinthians não demorou a sair. Aos 9min, Edílson, com a defesa adversária parada, recebeu de Marcelinho da direita e marcou. Os zagueiros santistas ficaram reclamando que a bola havia saído na jogada que originou o gol.

No segundo tempo, o Santos voltou mais ofensivo, com Robert no lugar de Anderson.

Mas quem se beneficiou da substituição, entretanto, foi o Corinthians, que teve o meia Ricardinho liberado para articular as jogadas que originaram os demais gols da equipe.

O segundo gol corintiano saiu aos 23min, com Vampeta chutando forte, aproveitando cruzamento da esquerda de Edílson.

Entusiasmado com a possibilidade de aplicar uma goleada, o Corinthians utilizou sua principal e mortal arma, o contra-ataque.

No terceiro gol, aos 29min, Marcelinho recebeu livre um belo passe de Ricardinho e chutou na saída de Germano.

O quarto gol foi muito parecido com o anterior. Novamente Marcelinho, livre, recebeu de Ricardinho e tocou para marcar.

O último do Corinthians foi um “”presente” a Ricardinho. Já nos acréscimos, ele aproveitou uma rebatida, após tabela de Edílson e Dinei pela esquerda, para marcar.

O Santos descontou aos 48min, com Claudiomiro marcando de cabeça, após cobrança de escanteio pela esquerda.

Por ironia, o placar final foi o mesmo do último coletivo santista, na sexta-feira, quando os jogadores reservas golearam os titulares por 5 a 1.

Antes de deixar o gramado, Rincón foi abraçado pelo técnico Oswaldo de Oliveira. O jogador deu sua camisa ao médico Joaquim Grava, do Corinthians.
“Joguei meu futebol. Já sou bem grandinho para sentir a pressão da torcida”, disse o colombiano, enquanto se dirigia aos vestiários.

Carlos Alberto Silva deve ser demitido hoje

O técnico Carlos Alberto Silva deverá ser demitido hoje do Santos. A diretoria do clube se reunirá para definir o futuro do treinador, mas, pelas declarações do presidente santista, Marcelo Teixeira, dificilmente Silva permanecerá no cargo.

“Temos que ter paciência, mas não tanto. A gente percebe que falta um padrão tático para a equipe, mas isso só vem com uma sequência de jogos”, disse.

“A pressão é muito forte. A torcida quer resultados, e nós também, mas temos que analisar mais friamente. Vamos analisar o caso com calma amanhã.”

Silva, que afirmou “ter tentado de tudo” no jogo de ontem, se declarou “tranquilo” apesar da difícil situação. “Não tenho nenhum receio do que poderá acontecer comigo. Minha consciência está tranquila e, se não houver impedimento, vou continuar o meu trabalho”, disse o técnico, há três meses no cargo.

O Santos voltou ontem a estampar seu patrocinador de camisa para esta temporada, a controversa empresa Alpha Club.

A marca havia sumido do uniforme nos últimos jogos por conta das denúncias de que a empresa era responsável por aplicar o golpe da “pirâmide da fortuna”, espécie de corrente financeira considerada estelionato, que pode ter envolvido cerca de 17 mil pessoas no Rio e em São Paulo. As denúncias partiram de consumidores lesados, conforme revelou.


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