05/10/1997 – Portuguesa 1 x 1 Santos – Campeonato Brasileiro

Portuguesa 1 x 1 Santos

Data: 05/10/1997, domingo
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio do Canindé, em São Paulo, SP.
Público: 15.487 pagantes
Renda: R$ 154.580,00
Árbitro: Cláudio Vinícius Cerdeira (RJ).
Cartões amarelos: Jean, Zetti e Ronaldão (S); Augusto, César, Alex e Walmir (P).
Gols: Rodrigo Fabri (24-2) e Müller (43-2).

SANTOS
Zetti; Baiano, Jean, Ronaldão e Dutra (Cássio); Narciso, Marcos Assunção (Marcos Bazílio), João Santos e Caíco; Caio (Arinélson) e Müller.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

PORTUGUESA
Sérgio; Waldir, Jorginho, César e Augusto; Capitão, Roque, Aílton (Ricardo Miranda) e Rodrigo Fabri; Alex Alves (Tequila) e Tico (Tuta).
Técnico: Edinho



Lusa empata com Santos e cai para 3º

Time do técnico Edinho deixa escapara vitória a dois minutos do final do jogo

Lusa e Santos empataram em 1 a 1, ontem, no estádio do Canindé, pelo Campeonato Brasileiro.

A Lusa deixou escapar a vitória e a liderança da competição a dois minutos do final da partida, quando o atacante santista Muller marcou um belo gol, encobrindo o goleiro Sérgio e empatando a partida.

Num jogo caracterizado pela forte marcação no meio-campo, se sobressaiu a técnica individual dos melhores jogadores dos times, Rodrigo, da Lusa, e Muller, do Santos.

O meia-atacante Rodrigo marcou o gol da Lusa aos 24min do segundo tempo, após tabelar com Alex Alves.

Os dois treinadores -Wanderley Luxemburgo, do Santos, e Edinho, da Lusa- reclamaram da atuação do árbitro da partida, o carioca Cláudio Vinícius Cerdeira.

Com o empate, a Lusa caiu de segunda para a terceira colocação -tem os mesmos 38 pontos do Vasco, mas perde nos critérios de desempate.

“O jogo é um espetáculo de detalhes. Atrapalha muito deixar dois pontos escaparem da maneira que deixamos, num jogo que era nosso”, queixou-se o volante Capitão, da Lusa ao final da partida.

O Santos manteve-se na sétima colocação, com 27 pontos.

Para o técnico Wanderley Luxemburgo, do Santos, o resultado “caiu do céu”. “Não podemos pensar que a classificação vai ser definida em apenas um jogo. O importante é somar pontos”, disse.

O técnico disse que a sequência de jogos que a equipe vai fazer em casa na reta final da fase de classificação do Brasileiro será importante para o time obter a classificação.

Pelo regulamento do Brasileiro, classificam-se para a próxima fase da competição os oito primeiros colocados.

Luxembugo critica atuação da arbitragem

O técnico do Santos, Wanderley Luxemburgo, fez várias críticas ao juiz Cláudio Vinícius Cerdeira, que apitou a partida de ontem.

Para o técnico, Cerdeira perdeu o controle do jogo.

“Ele não inibiu as jogadas violentas. Isso não pode acontecer num clássico”, disse.

Luxemburgo citou performance do lateral Augusto. Para o treinador, o jogador da Lusa deveria ter sido expulso. Segundo levantamento do Datafolha, o jogador fez três faltas e sofreu quatro. Ele tomou um cartão amarelo.

Macedo

O técnico Luxemburgo mostrou irritação ao responder sobre a situação do atacante Macedo, que na semana passada fez críticas à preparação física da equipe.

Por causa desses comentários, o atacante foi afastado da equipe.

“Vamos fazer testes para mostrar ao Macedo que ele está bem fisicamente”, afirmou o técnico.

Segundo o treinador, Macedo não estaria se dedicando aos treinamentos. Também estaria tendo problemas disciplinares.

“Nem o Telê Santana teve a paciência que estou tendo com ele”, afirmou o técnico, referindo-se à época em que o atacante estava no São Paulo.

Macedo teria descumprido normas disciplinares do clube na viagem que o Santos fez à Argentina, para disputar uma partida pela Supercopa.

Luxemburgo disse não entender as razões de tantas críticas em relação ao afastamento do atleta.

“O Santos é muito grande. Parece que o Macedo é o dono do clube. Na terça-feira (amanhã) vou dar uma resposta definitiva sobre esse caso”, afirmou Luxemburgo, que achou inoportunas as declarações do jogador dias antes de uma partida tão importante.

Contratação

O Santos acertou ontem a contratação do zagueiro Sirlei, 21. O atleta, cujo passe pertence a um empresário, estava realizando testes na equipe santista há 15 dias.

Segundo Marco Aurélio Cunha, gerente de futebol do Santos, o empréstimo do atleta vai até junho de 1998. “Ele jogou no Fluminense em 1995 e 96. Não vai custar nada ao clube. Ele será inscrito no Brasileiro”, afirmou Cunha.

Lusa domina ações e finaliza mais a gol

A Lusa esteve mais próxima de vencer o Santos, ontem, no Canindé. Segundo levantamento do Datafolha, a equipe passou 57% do tempo em que teve a posse de bola no ataque. O Santos, apenas 44%.

A equipe fez 17 finalizações -8 certas. O Santos deu apenas oito chutes a gol -quatro certos.

Porém a Lusa foi mais violenta que seu adversário. Cometeu 24 infrações, contra 19 do Santos.

Os dois treinadores, Edinho (Lusa) e Wanderley Luxemburgo (Santos), optaram por uma marcação forte no meio-campo.

A forte marcação e a pouca eficiência dos ataques fizeram a partida ter poucas chances de gol.

Rodrigo e Muller, principais jogadores da Lusa e Santos, respectivamente, sofreram um forte assédio por parte dos defensores.

A opção ofensiva do time santista se limitou a Caio. Mas o atacante errou muitos passes e perdeu bolas fáceis.

Com isso, o zagueiro Narciso criou as maiores situações de gol da equipe. Aos 23min, aproveitou um rebote e chutou forte. Sérgio defendeu. Logo depois, aos 33min, cabeceou com perigo.

Já a equipe da capital dependia da velocidade de Alex Alves e Tico, que jogaram quase como os antigos pontas, abertos nas laterais.

A Lusa teve sua melhor oportunidade aos 46min. Rodrigo, de fora da área, chutou na trave.

A Lusa não demorou para dominar as ações na segunda etapa. A equipe teve maior presença ofensiva, acuando o Santos no seu campo de defesa. Aos 24min, Rodrigo tabelou com Alex Alves e tocou na saída do goleiro Zetti: 1 a 0.

Após o gol, o domínio da Lusa aumentou. Aos 29min, Rodrigo tocou para Ricardo Miranda. Zetti defendeu. Aos 30min, Alex Alves fez boa jogada individual. Outra defesa do goleiro santista.

Quando a partida já parecia decidida, aos 43min, Muller recebeu lançamento de Caíco e tocou sobre o goleiro Sérgio, marcando um belo gol e definindo o placar: 1 a 1.



Lusa e Santos fazem clássico caseiro ( Em 05/10/1997 )

Times, que estão entre os líderes de aproveitamento de pontos em casa no Brasileiro, se enfrentam no Canindé

A Lusa entra hoje em campo hoje, às 16h, no estádio do Canindé, tentando retomar uma sequência de vitórias em seu campo interrompida pela derrota para o Vasco, no último domingo.

Por sua vez, seu adversário, o Santos, luta contra o estigma de não vencer na casa do oponente.

Em compensação, tem um ótimo aproveitamento na Vila Belmiro. Nos oito jogos disputados em seu estádio, venceu sete e perdeu um, aproveitamento de 87,5%.

Entre os 26 do Brasileiro, só fica atrás da Lusa (oito vitórias e uma derrota em nove jogos no Canindé -88,9 % de aproveitamento) e do Vasco (oito vitórias e um empate em São Januário -92,6 %).

“Estamos devendo para nós mesmos uma vitória convincente fora da Vila”, disse o goleiro Zetti.

“O que complica mais nesse clássico é o peso de jogar fora de casa. Acho que por causa disso a responsabilidade maior é nossa”, afirmou o meia João Santos.

Na Lusa, há discordâncias quanto à importância de jogar no próprio estádio.

“Toda véspera de jogo no Canindé era a mesma coisa: ‘A Lusa não perde aqui, são mais três pontos certos’, diziam. A derrota para o Vasco foi uma lição para tirar um pouco essa pressão e mostrar que não somos imbatíveis em casa”, disse o meia-atacante Rodrigo.

O técnico Edinho diz não concordar com ele. “Você não pode ficar ansioso por colocarem na sua cabeça que tem que ganhar em casa. Isso tem que abalar o adversário. Se for negativo para você, perde-se o sentido de jogar em casa.”

O técnico Wanderley Luxemburgo poderá contar hoje com todos os jogadores considerados titulares -à exceção do lateral-direito Ânderson, suspenso.

Edinho tenta passar tranquilidade para sua equipe, que, perdeu os dois últimos jogos e, por consequência, a liderança do Brasileiro.

Marcos Assunção diz que clássico é o ‘recomeço’

Apontado pelo ex-jogador Clodoaldo, volante tricampeão mundial pela seleção brasileira e atual vice-presidente do Santos, como o melhor jogador brasileiro da posição, Marcos Assunção diz pretender recuperar o tempo perdido.

Ele disputará hoje a sua segunda partida no Brasileiro, em razão de uma contusão crônica no púbis que o persegue desde a época de júnior no Rio Branco, de Americana (SP), time que o revelou.

“Estava em nível de ser chamado para a seleção, e depois tudo acabou. Agora, é recomeçar e mostrar meu futebol que, com certeza, vou ser convocado”, disse.

Assunção levou mais de um mês para estrear no Brasileiro, devido à contusão. Entrou no time na sétima rodada, contra o Bragantino, e voltou a sentir o problema, ficando quase dois meses fora do time.

Embora os médicos tivessem cogitado a possibilidade de cirurgia, ele afirma não sentir mais dores. “Acho que o problema está resolvido, pois treinei forte no campo pesado pelas chuvas e não senti.”

Hoje, ele vai atuar como segundo volante. O último homem antes dos zagueiros será Narciso, deslocado para a cabeça-de-área.

Müller volta a se destacar

Com os três gols que fez nos dois últimos jogos do Santos, o atacante Müller passou a ser o artilheiro da equipe no Brasileiro, ao lado de Macedo -cada um marcou cinco vezes. Nos dois jogos, contra Botafogo e União, ele foi o destaque do time.

Repórter – Você está retomando as boas fases dos tempos de Palmeiras e São Paulo?
Müller – Procuro sempre dar o máximo, jogar bem e dar minha contribuição à equipe. Claro que a fase depende do time, do momento. Quando o time está numa situação ruim, a fase está ruim para todo mundo.

Repórter – Mas você se considera próximo do seu melhor?
Müller – Acho que não existe deficiência técnica no futebol. Existe falta de ritmo de jogo e de preparo físico. Mas se o jogador é técnico, nunca perde a técnica.

Repórter – O episódio com o torcedor que o chamou de mercenário na saída do jogo contra o União está superado?
Müller – Ah, está. Isso é coisa de uma ou duas pessoas. A torcida dá apoio, mas sempre tem um ou outro que enche a paciência. Você é xingado em qualquer equipe. Não é aqui que vou agradar a todo mundo.


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