Santos 2 x 1 Palmeiras
Data: 21/09/2005
Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos, SP.
Público: 8.491 pagantes
Renda: R$ 140.450,00
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (FIFA-SP)
Auxiliares: Valter José dos Reis e Ednilson Corona (ambos FIFA-SP).
Cartões amarelos: Zé Elias e Rogério (S); André Cunha, Baiano e Marcinho (P).
Gols: Frontini (17-1); Marcinho (30-2) e Basílio (32-2).
SANTOS
Saulo; Paulo César, Rogério (Ávalos), Luís Alberto e Kleber; Zé Elias, Fabinho, Bóvio (Wendell) e Ricardinho; Frontini (Basílio) e Geílson
Técnico: Gallo
PALMEIRAS
Sérgio; André Cunha, Daniel, Gamarra e Baiano; Roger, Correa, Juninho Paulista (Pedrinho) e Diego Souza (Warley); Marcinho e Gioino
Técnico: Emerson Leão
Gallo supera Leão e Santos vence o Palmeiras
Campeão brasileiro em 2002 e vice da Libertadores em 2003, Emerson Leão deixou a Vila Belmiro com status de estrela. Por conta disso, a sombra do atual comandante do Palmeiras sempre atormentou Gallo, que dirige o Santos. Nesta quarta-feira, porém, o novato venceu o duelo particular dos treinadores e o time do litoral paulista superou a equipe alviverde por 2 a 1 dentro de casa, na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O Santos vencia por 1 a 0 no segundo tempo e o Palmeiras reagiu graças a duas alterações promovidas por Emerson Leão, que trocou os meias Juninho Paulista e Diego Souza por Pedrinho e Warley. Entretanto, o time da Vila Belmiro passou novamente à frente com um gol de Basílio, que Gallo colocou em campo na etapa final.
“Tive uma fase muito boa com o Leão e tenho ótimas recordações do período em que ele estava aqui. Fico feliz por ter conseguido decidir e manter o Santos na briga pelo título do Campeonato Brasileiro”, comemorou Basílio, autor do gol da vitória dos donos da casa.
Este foi o primeiro confronto entre Gallo e Emerson Leão como treinadores desde que o atual comandante do Santos acusou o treinador do Palmeiras, então no São Paulo, de tentar “roubar” seu emprego. A rixa entre os dois ficou evidente no clássico desta quarta-feira, quando eles não trocaram sequer cumprimentos cordiais.
A vitória de Gallo sobre Leão mantém o Santos entre os líderes do Campeonato Brasileiro. O time da Vila Belmiro chega a 47 pontos e segue com três de desvantagem para o Internacional, líder do torneio nacional.
A situação do Palmeiras é pior. O time do Parque Antarctica, que havia sido derrotado apenas uma vez desde a chegada de Emerson Leão e ostentava três partidas de invencibilidade, estaciona nos 42 pontos e se distancia do pelotão de elite do Brasileiro.
“Assim como nós não ficamos deslumbrados quando ficamos sem perder, não podemos achar que esse resultado mostra que a nossa equipe é fraca. Ainda temos condições de evoluir bastante na tabela de classificação”, garantiu o meia Juninho Paulista.
As duas equipes voltam a campo no domingo, ambas às 18h10. O Santos vai a Volta Redonda para encarar o Fluminense, no estádio Raulino de Oliveira, e o Palmeiras recebe o Goiás no estádio Parque Antarctica, em São Paulo.
O jogo
Mais bem distribuído em campo, o Santos começou melhor que o Palmeiras no duelo desta quarta-feira. O time da casa soube utilizar seus laterais e exerceu forte marcação sobre a saída de bola dos visitantes.
E foi exatamente por meio das laterais do gramado que o Santos chegou ao primeiro gol. Zé Elias apareceu pela esquerda aos 17min e cruzou no primeiro pau. Frontini se antecipou ao zagueiro Gamarra e tocou de cabeça para inaugurar o marcador.
“A marcação sobre o Ricardinho estava muito forte e eu tive um pouco mais liberdade para jogar, principalmente pelo lado esquerdo. Fico feliz porque conseguimos aproveitar esse espaço e transformar isso em gol”, comemorou Zé Elias.
Em vantagem, o Santos se retraiu e deixou de marcar o Palmeiras como havia feito no início do confronto. O time visitante teve mais liberdade para tocar a bola em seu campo de defesa, equilibrou o duelo no meio e começou a criar oportunidades para marcar.
“Não foi nem uma mudança tática, mas uma mudança de postura. Começamos completamente apáticos e deixamos o Santos nos dominar. Mas conseguimos reagir e equilibrar a partida”, contou o meia Juninho Paulista, do Palmeiras.
Só que as oportunidades criadas pelo Palmeiras esbarraram na grande atuação de Saulo. O goleiro do Santos, inspirado, defendeu até uma penalidade cobrada por Marcinho aos 42min da etapa inicial.
O domínio do Palmeiras persistiu também depois do intervalo. Assim como persistiu o brilho de Saulo. Do outro lado, Sérgio brilhou apenas uma vez. Aos 18min, Geílson cruzou da esquerda, Frontini desviou de cabeça e encontrou Ricardinho livre no meio. O camisa 8 tocou de primeira e o goleiro do Palmeiras, no reflexo, praticou a defesa.
Depois disso, o nível técnico do jogo caiu. Diante deste panorama, o técnico Emerson Leão lançou o Palmeiras ao ataque e colocou em campo Pedrinho e Warley. A ousadia foi premiada aos 30min. Daniel não dominou a bola e ela sobrou para Marcinho, que limpou a marcação e chutou de pé esquerdo para empatar a partida.
A reação do Palmeiras, contudo, durou pouco. Dois minutos depois do empate, Basílio aproveitou cruzamento da direita que Sérgio não cortou e tocou de cabeça para colocar o Santos novamente em vantagem.
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